terça-feira, 20 de julho de 2010

Em busca da felicidade...

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Eu nunca fui muito de ficar pensando na vida. Nunca fiquei fazendo planos pro fim de semana, nunca fiquei esperando muito do dia seguinte. Acordava cedo por obrigação, ia pra escola e aturava as pessoas por obrigação (com exceções).
Nunca vi nada de extraordinário em viver cada dia de uma vez. Queria é fazer o possível daquele dia e daquela situação. Tinha meus padrões de acordo com o que via que era certo e errado. Não tinha um plano pra ser feliz, eu só queria ser feliz. Mas o que era ser feliz?
Ser feliz era ter uma roupa nova para sair a cada fim de semana, pais que deixassem você fazer o que todo mundo fazia, e estar às 11 horas em casa para poder ficar comentando com as amigas no MSN sobre as 3 horas que passaram fora.
As pessoas vão evoluindo por etapas, mas a maioria delas tem que passar por todas para conseguirem continuar. Com o tempo as pessoas melhoram (com exceções, novamente), nem que seja esteticamente porque mudou a cor de cabelo ou porque fizeram uma tatuagem e aquilo desviou a atenção de sua falta de conteúdo para sua abundância de estilo. ( O que é falso, pois todo mundo tem tatuagem haha)

Mesmo o tempo passando, e as pessoas mudando, os padrões acompanham gerações. Aquilo que é decretado errado, legal, certo, chato, continua igual. A verdade é que as pessoas não melhoram, elas só mudam a visão em que olham para as coisas.
Mas novamente, todas juntas,
então aquilo que era pra ser uma mudança se torna simplesmente um novo padrão de aceitação
.
E é assim pra sempre. Quando se é novo a graça está em roupa de marca, quantos você beijou na noite e quantas amigas você tem. Depois isso não importa mais, você só quer ter um namorado por mais de 3 meses e fazer um álbum de vocês dois no orkut, para que as pessoas vejam que você está namorando, afinal não faz parte daquele padrão namorar e não mostrar isso pra todo mundo.
Eu nunca quis ter um monte de amigas ou um namorado fiel. Isso não me torna menos babaca e nem me alivia de decepções. O fato é que as pessoas vivem buscando dias melhores mas continuam vivendo da mesma maneira. Culpam os outros por seus erros, pois é mais fácil falar que a culpa é do outro do que tentar melhorar. É mais cômodo reclamar que as coisas não dão certo pra você e fazer de qualquer contradição um problema superficial e assim fazer da sua vida uma caminhada complicada até a felicidade, quando na verdade o problema é você. As pessoas buscam a felicidade naquele tal de padrão. Ninguém faz algo porque está com vontade e quer experimentar alguma coisa nova. Faz porque julgam tal coisa como legal. Aí as pessoas fazem uma imagem da vida como injusta e uma imagem de si próprio como guerreiro porque suportou a dor de ver seu namorado de mais de três meses com outra, naquele lugar que ela vai toda semana, com suas milhares de amigas. As pessoas tem necessidade de provar para as outras que são felizes, mudando o foco de SER FELIZ para DEMONSTRAR FELICIDADE, afinal só é possível ser feliz se todos souberem como sua vida é agitada.
Eu não tenho um julgamento do que é certo e do que é errado. Acho que o que conta é que o que você acha, que faz bem a vsi próprio. Eu sei que a vida é recíproca e que felicidade não é um adjetivo e sim um estado de espírito. Ninguém de fato É FELIZ. As pessoas estão ou não felizes e assim é também com a tristeza. Por isso todos os dias quando levatam, procuram um novo pretexto pra exporem sua felicidade, seja uma briga (é bizarro pessoas que se sentem felizes por "acabarem" com a vida de outra pessoa né?), um menino bonito que fuçou seu orkut mas o que conta é a necessidade de dizer pro mundo que você é feliz. Esse ciclo de mostrar para as pessoas que você se sente bem, para aí poder se sentir bem é desgastante porque as pessoas se ocupam com uma felicidade superfical, o que leva a problemas superficiais e a uma vida superficial. Acredito que isso só acaba quando as pessoas começam a ter problemas de verdade e aí distinguem toda aquela aquela história de felicidade do que de fato é ser feliz.
Isso não muda o fato das pessoas procurarem a felicidade em objetos que custem caro, justificando que é pelo conforto mas, acho que ao menos elas percebem que existem milhões de coisas a fazer fora dos padrões estabelecidos pela sociedade.

Mas não arriscam, porque não é "normal". Pior do que as pessoas que definem felicidade em padrões são as que buscam felicidades em outras pessoas. Estão felizes se a pessoa que gosta gosta de você também, se seus amigos estão felizes e não acrescentam nada a si próprio. E quando o namoro acaba ou briga com a amiga, se sentem a pessoa mais vazia do mundo porque nunca acrescentaram nada de bom à elas mesmas. Essa história de fazer os outros felizes está toda errada. Se todo mundo se fizesse feliz, ninguém ia precisar fazer isso por ninguém.

As pessoas gastam a vida, tentando provar umas às outras coisas sobre elas mesmas, tentando chamar atenção pra elas mesmas sendo felizes, tristes ou revoltadas e não percebem que são só um número no mundo, que as coisas continuam acontecendo, independente da maneira que elas se sintam.
A verdade é que crescemos escravos da própria sociedade em que vivemos, nos limitamos aos padrões impostos por ela tornando nossa vida insignificante novamente e todo aquele esforço de tentar ser feliz foi em vão, porque as outras bilhões de pessoas estão fazendo o mesmo, mas ninguém nunca faz algo novo.

E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.
(Friedrich Nietzsche)


Por Andressa

Postado por Pedro

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